Tinham passado alguns minutos desde a hora combinada e iamos chegando aos poucos ao local marcado para o encontro. Vento identificado, mar observado, condições avaliadas...afinal não estava tão grande como as previsões ditavam. Talvez o vento muito forte e o swell de noroeste fossem os culpados. Não iam estar aquelas ondas que tinhamos apanhado durante a semana anterior, mas o que é facto é que ondas era coisa que pouco se via. Começavam a sentir-se os primeiros sinais de tristeza, de desilusão e de angústia, até que alguém lança um típico “mas até dá umas, e quando encher pode ser que melhore.” Decisão tomada: iamos entrar.
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Para mim existem dois tipos de pessoas...aquelas que procuram, que lutam, que investem, que caem, que levantam, que choram, que conseguem, e as outras que simplesmente se limitam a andar a reboque das descobertas dos outros. Sempre admirei aqueles que vivem com a palavra descoberta no horizonte. É preciso sempre alguém para abrir caminho para algo...tudo o resto vem depois. Teve de haver um primeiro alpinista a querer chegar ao cume do Evereste, teve que existir alguém que morresse a tentar voar para que os seus seguidores conseguissem chegar ao primeiro engenho voador. Mas para que a ideia de desafio se apresente na cabeça do homem tem, antes de mais, de haver a constatação fisica do objecto ou elemento a desafiar...se não existisse o Evereste nunca ninguém tinha tido a intenção de escalá-lo. Pode parecer uma observação estupida, mas é pertinente.
Nos desportos de ondas, em geral, e no bodyboard, em particular, acontece exactamente o mesmo... há aqueles que trocam horas de sono, dinheiro em combustível ou carinhos de uma mulher bonita pelo prazer da (re)descoberta, e os que se limitam a ficar à espera que as descobertas dos outros se tornem conhecidas para sairem da mesa do café. Como disse Fernando Pessoa “sou do tamanho daquilo que vejo, não do tamanho da minha altura”. Eu tenho o prazer de pertencer a um grupo que de amigos que são enormes naquilo que vêm, porque todas as ondas que agora são moda aqui pela terrinha, ja eram desbravadas por eles há vários anos, só depois veio o crowd, a arrogância....
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Para mim existem dois tipos de pessoas...aquelas que procuram, que lutam, que investem, que caem, que levantam, que choram, que conseguem, e as outras que simplesmente se limitam a andar a reboque das descobertas dos outros. Sempre admirei aqueles que vivem com a palavra descoberta no horizonte. É preciso sempre alguém para abrir caminho para algo...tudo o resto vem depois. Teve de haver um primeiro alpinista a querer chegar ao cume do Evereste, teve que existir alguém que morresse a tentar voar para que os seus seguidores conseguissem chegar ao primeiro engenho voador. Mas para que a ideia de desafio se apresente na cabeça do homem tem, antes de mais, de haver a constatação fisica do objecto ou elemento a desafiar...se não existisse o Evereste nunca ninguém tinha tido a intenção de escalá-lo. Pode parecer uma observação estupida, mas é pertinente.
Nos desportos de ondas, em geral, e no bodyboard, em particular, acontece exactamente o mesmo... há aqueles que trocam horas de sono, dinheiro em combustível ou carinhos de uma mulher bonita pelo prazer da (re)descoberta, e os que se limitam a ficar à espera que as descobertas dos outros se tornem conhecidas para sairem da mesa do café. Como disse Fernando Pessoa “sou do tamanho daquilo que vejo, não do tamanho da minha altura”. Eu tenho o prazer de pertencer a um grupo que de amigos que são enormes naquilo que vêm, porque todas as ondas que agora são moda aqui pela terrinha, ja eram desbravadas por eles há vários anos, só depois veio o crowd, a arrogância....
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Naquela dança do despe-roupa, veste-fato, alguém disse: “epá...olha ali?”. De longe era dificil avaliar bem a onda, mas um “eu vou” de um lado e um “bora lá” do outro ditaram o local da surfada. Era um sitio improvavel...ondas boas? Ali? Depois disso já só me lembro de, depois de apanhar a primeira e quando regressava ao outside, ver o max e o cartaxo dentro de dois tubos azul-turquesa! As ondas, essas, estão sempre lá...mas como este é um desporto em expansão, também a nossa forma de as ver se vai alterando. Sorte as daqueles que têm “visão” para isso. E como tudo o que é descoberto tem de ter um nome...minhas senhores e meus senhores apresento-vos... MAXIMUS (adivinhem porque se chama assim?) :o)
Peço desculpa pela qualidade das fotos não ser nem parecida com as do mestre Chagas, mas fica a intenção...neste dia elas rolavam com metro/metro e meio.
P.S. : Para os que ficam sentados á espera que as ondas venham..podem subir falésias, descer arribas, andar pela praia, vasculhar lages..que não vão descobrir onde é!
8 comentários:
Epá, não sei se é da tua escrita ou das tuas ideias ou mesmo do teu "go for it", mas apesar das escassas horas que convivemos juntos, consigo perceber que a tua força de vontade e a adrenalina com que tu e os teus vivem cada momento é do tamanho do mundo... Quero deixar os meus parabéns pela tua escrita,
pela iniciativa do blog...Só espero ficar a 100% para poder voltar a apanhar umas ao teu lado...LOOL..Fica Bem...Um Abraço...Boas Ondas...and feel your board to "fuck" the waves... BoDyBoarD4EvEr " Estrada "
Grande Estrada!!! Obrigado p'lo comentário. A escrita é secundária, a iniciativa do blog foi de todos! O que nos dá a força de vontade, a adrenalina e o companheirismo são as ondas :) Se o bodyboard e as ondas fossem uma toxicodependência, este grupo de pessoal andava aí roto p'los cantos de tanto se injectar!!! Põe-te bem depressa p´ra apanhar-mos aí umas. Grande abraço e boas ondas
Só quero dizer uma coisa. Puta que pariu esta direita que me ia matando. Daaaaaaaaa-seee
O olho clinico nunca falha...hehe
.....mas bom ,mesmo bom é mesmo o sol de pifaro...lolol
abraços e beijinhos...
Ñ dizes onde é?! DIGO EU... é na zona de Elvas! Aquilo com um off-shore gentil até cheira a "caramillos" dos FDP dos espanhóis!!!
YYEEEAAAHHHHH
Acho que o kite-surf é k é bom, antes de irem p zona oeste aos 50 agarrem no kite e vão p Ericeira k isso sim vale a pena MUAHHAHAHAHA
Parabens Zé belo texto, tens ai um talento nato para a escrita. E belas ondas que tavam no dia dessas fotos, temos de apanhar isso com esse tamanho, deve dar umas belas tocas.
Cum catano este blog está a ficar internacional. Até já temos pessoal do cartaxo a dar opiniões. Vcs conhecem um fruto que é o Kukuriá, não? Escrebuuuuto espéctaculo. Cartaxo o que tu queres sou eu, ops... sei eu.
Boas!
As fotos tão muito porreiras Zé! :D
E eu mestre só se for a comer! :P
Um grande abraço,
CHAGAS.
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